Eu tive um primeiro contato com Marina Abramovic em 2017 quando cursava o nono ano. Meu grupo na época ficou encarregado de fazer um trabalho sobre suas performances, analisando alguns de seus principais trabalhos. Fiquei muito surpresa ao ver os vídeos de suas performances, mas ao mesmo tempo fiquei muito encantada. Não sabia o que era performance e não tinha a mínima ideia de que o corpo humano poderia ser de fato arte ou até ser submetido a situações nas quais Marina se submeteu. Durante a pesquisa para o trabalho, encontrei o trecho do documentário onde Marina se reencontra com Ulay, durante sua performance chamada "The Gaze", e fiquei muito emocionada, lembro que meus olhos até lacrimejaram, mas ainda não sabia da existência do documentário na época. Agora, após assisti-lo, o encanto que tive há cinco anos se despertou de novo e acho que de uma forma mais forte ainda. Ver os bastidores de uma performance e a visão da própria Marina acrescentou muito na minha própria visão como espectadora, uma vez que a partir do momento que consigo compreender melhor quem é Marina, consigo compreender melhor a arte de Marina. Achei interessante que enquanto assistia o documentário e passou aquele trecho mencionado anteriormente, mais uma vez, me deixou muito emocionada, o que foi algo incrível. Outra parte que achei muito interessante foi a do workshop e como ela trabalhava com os outros artistas, as atividades propostas que tinham como objetivo principal fazer com que os artistas estivessem cada vez mais conectados consigo mesmo para poderem expressar as sensações que deveriam ser expressadas durante as performances. Diante de todo o documentário, é nítido a conexão que Marina tem como o público, algo que torna suas performances únicas. Marina consegue sentir o público e suas emoções como se fosse um sexto sentido, o que é visível na performance "The Gaze", na qual ela cria um ambiente em que há um compartilhamento mútuo de consciência e pura existência entre ela e os espectadores.
Comentários
Postar um comentário